1. Este livro é um conjunto de fragmentos escritos sobre o tempo. Cada um deles é como se fosse uma peça de quebra-cabeças. O formato de cada peça, porém, depende do olhar de cada leitor, no momento em que lê.
2. A ordem da leitura altera a percepção de conjunto resultante, ao final. Não é necessário ir do primeiro ao último fragmento. Uma boa alternativa é ir lendo de acordo com o interesse que de cada título pode despertar, a cada momento.
3. Convém que o leitor aborde este livro como se fosse uma criança curiosa e a leitura, uma brincadeira. Brincadeira séria: lidar com leveza com o que é pesado –a leveza do pássaro ativo, não a da pena inerte. Para torná-la mais prazerosa, pode-se usufruir das ilustrações (fotos, pinturas, desenhos, músicas, interpretações etc.) oferecidas por vários(as) artistas parceiros(as)[1] aos fragmentos, no site do autor[2] (clicar na capa do livro).
4. Cada fragmento, propositalmente, toma entre dois e sete minutos para ser percorrido. Mas leva tempo para ser absorvido e para que decante. Por isso, sugere-se que...
5. ...a leitura seja feita ao longo de um ano, um fragmento por semana; esta a razão para serem 52 fragmentos, os demais incluídos nos livros seguintes.
6. Leituras realizadas sem aceitar a recomendação de ir devagar podem provocar danos ao leitor, que o autor recomenda enfaticamente que sejam evitados, não podendo por eles ser responsabilizado.
7. Se, concluída a leitura, com zelo e, quiçá, com prazer, o leitor não tiver chegado a uma noção completa e satisfatória a respeito do tempo, não deve se preocupar. Haverá outro ou outros livros com fragmentos adicionais. Os quais, entretanto, alerta-se, não solucionarão o problema, pois o tempo é uma questão aporética. Nem por isso deve ser negligenciada por aqueles que desejam bem viver.
Ao ler, considere o que diz Francis Bacon (1561-1626): “Não leia com o intuito de contradizer ou refutar, nem para acreditar ou concordar, tampouco para ter o que conversar, mas para refletir e avaliar.” Boa leitura!
[1]Agradecimentos a todos(as) os(as) artistas que fizeram melhor este livro e também o processo de sua construção: Alexandre China, Amanda Figueiredo, Amanda Micheli Mariano de Mello, Ana Flávia Sardelari, Banda Pluggit, Camilo Riani, Carlos ABC, Cléder-X, Daniela Theuer, Eder Brito, Érika Finati, Flávia Duque Brasil, Giovanni Allegretti, Helvio Tamoio, Leonardo Oliveira, Lígia Moscardini, Manuel Reis, Nadia Virginia, Neusa Medrado, Oswaldo Gonçalves Júnior, Pedro Klein e Raphael Pena, Regina Monteiro, Romualdo Sarcedo, Tiê Graneto, Tika Tiritilli, Vivian de Moraes. Para todos(as): Quando a Ciência e todos os saberes compartimentados falharem, depois do socorro da Filosofia, restarão os poetas, os atores, os cantores, os músicos, os pintores, os escultores, os bailarinos, os fotógrafos, os cineastas, os palhaços, os malabaristas, a nos lembrarem que não há luz no fim do túnel, mas que chamas e faíscas é o que somos. Que enquanto dure, ambicionemos labaredas. [2]valdemirpires.com
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